quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Volnei Garrafa e Ricardo Caldas participam de debate organizado por alunos

Os integrantes das seis chapas que concorrem à reitoria da UnB participaram ontem, dia 2 de setembro, de um debate promovido pelos centros acadêmicos de Relações Internacionais, Direito e Ciência Política da universidade. Uma platéia predominantemente jovem lotou o auditório Joaquim Nabuco, da Faculdade de Direito da instituição.

O candidato Volnei Garrafa iniciou a sua participação no debate lembrando da sua história na UnB, que teve início em 1973: “Ajudei a criar o sindicato da UnB, a ADUnB. Corri muito da polícia dentro desse campus e não arredei um milímetro das posições que sempre tive na minha vida”.
Entre outros pontos, ele destacou o compromisso da chapa com o futuro da UnB e com a politização não partidária da universidade. “Vamos resgatar o amor próprio dessa instituição de ensino”, disse. Garrafa ainda apontou a necessidade de recolocar a UnB nos grandes cenários nacionais. Esse foi o lugar da instituição durante a sua criação e por muitos anos de sua existência. “Temos que trazer a universidade de novo para o universo dos grandes debates do país”.

Durante o evento, os candidatos abordaram temas polêmicos, como a adoção do sistema de cotas pela universidade. Garrafa ressaltou que é um defensor intransigente de cotas sociais, econômicas e raciais. “Acho que o Brasil tem uma dívida histórica com os negros”, avaliou.

Sobre a atuação das fundações, o candidato defendeu que os recursos que entrem de forma global para a UnB sejam absolutamente geridos pela Fundação Universidade de Brasília (FUB). “É utopia dizer que somos capazes de administrar a UnB sem conseguir arrecadar recursos para suplantar a parca verba de custeio que as universidades recebem hoje do sistema federal”, afirmou.
Garrafa destacou que a Chapa 75 não é contrária às fundações específicas. Ele citou o exemplo da Fundação de Estudos em Ciências Matemáticas (Femat) da universidade. De acordo com ele, essa fundação, que é pequena, está absolutamente regular com o Ministério Público. “O pouquinho de recurso que eles conseguem com projetos sérios, da sua área específica, vai para os seus estudantes de graduação e pós-graduação”.
A idéia, segundo o candidato, é controlar as fundações de forma bastante rigorosa, com um representante da reitoria em cada uma das instituições. “Mas a fundação fundamental é a FUB”, reforçou.

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